sexta-feira, 29 de julho de 2011

Amamentação após Cirurgia Bariátrica - Parte II

Vou continuar meu relato, pelo menos a cada semana pra contar como está sendo minha experiência.
Entrei na segunda semana hoje e já estou podendo tomar Ades zero, gelatina semi-liquida, suco de polpa, caldinho de feijão e a quantidade de vitaminas aumentou muito. Ainda bem, pois ando bastante caída esses dias.

Voltando ao assunto: amamentação. Continua tudo normal. Ele acorda e dá uma mamadinha, brinca bastante, almoça, mama um pouquinho e dorme, acorda, brinca, e mama mais um pouco pra dormir.

Não notei nenhuma diminuição no leite, aperto o peito e ainda sai alguma coisa. Acho legal esse aumento de vitaminas, pois com certeza elas irão também ao leite.

A verdade é que eu nunca tive muuuuito leite, mas sempre deu pro gasto. Tanto que quase não usei aquele protetor de seios, porque quase nunca vazava.

Mas enfim, está sendo um sucesso! Acho engraçado ter mãe que usa qualquer coisa de desculpa pra parar de amamentar. O leite materno é ótimo pro seu filho, muito mais saudável que qualquer fórmula que se compre no supermercado.

Vou amamentar o Vi até pelo menos os dois anos de idade, e só vou deixar de amamentá-lo a hora que ele quiser.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Amamentação após Cirurgia Bariátrica - Parte I

Acho um tema interessante, pois ainda não encontrei este tema na internet, e acho até que sou a primeira a fazer isso! hehehe

Operei quinta-feira (21/07/2001), fiz a cirurgia bypass, que diminui o estômago em 10% do tamanho anterior e desvia o intestino.

Então... Por enquanto está sendo tranquilo, pois ainda estou na primeira semana, e sem contar os dois primeiros dias que eu ficava chorando pelos cantos da casa e com aquele maldito dreno que me atrapalhava em tudo, eu estou levando uma vida normal (só não estou comendo nem fazendo esforço). Estou amamentando normalmente, e não tive nenhuma restrição quanto á isso tanto por parte da pediatra dele, quanto do gastro que me operou.

Tudo bem que o Victor já tem 1 ano e 9 meses, quase chegando nos 1 ano e 10 meses, então ele mama bem pouco durante o dia, só mama pra dormir mesmo, e algumas vezes durante á tarde quando ele não tem nada melhor pra fazer.

Posso dizer que observei uma melhora enorme no apetite dele, que ele está ficando super bem com a minha mãe, está bem esperto e feliz, mas está sendo inevitável a distância que estamos tomando, pois tenho que caminhar, me trancar no quarto quando vou usar o respiron (que ele ama roubar e ficar assoprando), não participo da alimentação dele porque morro de medo de esquecer e acabar "experimentando" a comida dele, que já é normal. Aí já viu, bate o sólido no estômago, arrebentam os grampos e R.I.P. pra mim =(

Achei estranho que agora a pouco ele largou meu peito e pediu "gól" (refrigerante, em Victorês), acho que ele está sentindo falta da vida junkie que estávamos tendo antes de eu operar. Era coca-cola, salgadinho, nuggets, chocolate sem medida mesmo. Eu tava lá, me esbaldando, e ia deixar ele de fora? Claro que não.
Agora a minha mãe é quem está fazendo comida aqui em casa, e sempre com legumes (que sobram da sopinha que eu tomo), ele está se alimentando bem e de forma saudável. Estou atingindo meu objetivo =)

No mais ele fica sozinho no quarto assistindo Pingu (nhunhu) o dia inteiro, às vezes vou lá e assisto um pouco com ele, depois ele corre pelado pela casa, arranca fralda e tudo mais e sai "saracoteando" pela casa, todo risonho.

Ele está se mostrando um mocinho bem maduro. Antes mesmo de eu operar ele já estava dando sinais de independência. Acho que eu estou sentindo isso tudo muito mais do que ele. Sei que é bom pra ele, mas dói ver passar tudo tão rápido.

sábado, 23 de julho de 2011

Vontade de Nada

Sério. Operei o danado do estômago e já eliminei a vesícula, cheia de pedrinhas, conforme era de se esperar. Mas agora estou aqui, me sentindo uma inútil porque não consigo fazer nada o dia todo. Pelo menos ainda estou amamentando, já que os médicos e a pediatra do Victor liberaram. Mas eu to me sentindo um lixo, por um lado arrependida por ter operado e por outro sinto um pouco de alívio, pois morria de medo da vesícula estourar igual aconteceu com meu pai (que quase morreu por isso). Só estou servindo pra perambular feito um fantasma pela casa, ficar o dia todo de olho no dreno (pro baby não mexer), dar um tetê raramente e acabou. O resto são meus pais que estão fazendo, e to me sentindo muito inutil por isso. Enfim, é isso. Assim que este desânimo passar eu volto a postar.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Mamãe vai sarar o dodói


Família feliz!

Filho, a mamãe está agora no hospital morrendo de saudades de você. Pensei em você o caminho inteiro, desde que te deixei chorando lá em casa com o Vovô e a Vovó. A mamãe está aqui para mudar o estilo de vida e servir de bom exemplo pra você. Também porque estou dodói, já que este peso todo não me deixa brincar com você o tanto quanto você precisa (que gás!), e pode ter certeza que aqueles dias que a mamãe fica morrendo de dor na coluna e não consegue te carregar nem pular ouvindo Patati Patatá ou Galinha Pintadinha vão acabar.

Esta noite você vai dormir sem tetê, mas a Vovó Babá vai cantar pra você e vai te contar "tóinha" pra você "mimi". O seu auau gandão também vai estar aí com você pra te fazer companhia. Passeie bastante, se divirta, que se der tudo certo amanhã à noite a mamãe estará de volta e vai te encher de beijinhos e de tetê, se conseguir.

Estou confiante que vai dar tudo certo, mas se alguma coisa der errado, e você tiver acesso a este texto, saiba que vão estou sendo egoísta e nem você foi o culpado. Foi uma escolha minha, e deu errado porque o destino quis assim.

Mas seu anjinho da guarda vai estar te olhando, e a mamãe está bastante feliz por ter conseguido esta operação. E vai ficar tudo bem. Confia em mim.

Amanhã mesmo estaremos eu, você e o papai bem juntinhos e felizes, como costumamos ser. Te amo muito, filho, muito mesmo.

To morrendo de saudades, você é minha vida, pinguinho!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Infância cadê?

Ok. Eu também achei engraçadinha a foto quando eu vi. Ainda acho, mas serve para refletirmos sobre a infância de hoje em dia. 
Dia desses, ao levar o Victor para brincar no playground, vi uma menininha de uns 5 anos no maior dos amassos com um moleque de uns 10. Fiquei em choque, sem reação. Juro que tô velha demais pra essas coisas.
Outro dia essa mesma menina estava olhando o pipi de um menino da idade dela. Desabafei com o meu marido, que também olhava estupefato: "É, quando uma menina nasce pra ser vagaba, não tem jeito."

Mas pensando bem, até que ponto seria culpa da menina, e até que ponto poderemos reconhecer a culpa dos pais na perda tão precoce da inocência nos dias de hoje.
Aonde estavam os pais dessa menina que deixam ela ali, sozinha, à mercê da molecada?

Tem uma parente minha que levava a filha de menos de 3 anos pra manicure. A menina parece uma princesa, e quando tem reunião de família ela sai mostrando as mãozinhas dela, falando que foi no salão e blablabla. Falar o que, né? É uma gracinha, mas tem uma parte negativa essa vaidade toda numa idade tão tenra.

Esses dias estava no Extra em Sorocaba e vi uma menina de uns 10 anos vestida como uma garota de programa, com minissaia, meia arrastão, decotão,salto agulha, batom vermelho. E a mãe do lado, também com o decotão dela, ambas andando rebolando. Aí vem um cara maior de idade, faz sexo com a filha dela e ela ainda sai chorando.

Vejo menininhas brincando de boneca ainda, mas com progressiva no cabelo, maquiagem. Todo mundo xinga a mãe que aplicava botox na filha, mas quando a gente vê uma menininha ali, toda trabalhada, acha normal. Lógico que é lindo arrumar nossas filhinhas, mas uma coisa é arrumar, outra é sensualizar. Gente, é uma criança, tem que brincar, correr, se sujar, e não ficar se empetecando. Nós mulheres nos arrumamos para conseguir sexo, mesmo que seja com marido ou namorado, mas gastamos fortunas pra nos arrumar e o que queremos no final é isso. Uma criança não, então perde o propósito.
Kd as vadia pra eu sensualizar com minha roupa de bombeiro?
Sei que nada justifica um pedófilo, mas vamos colocar a mão na consciência e ver até que ponto não estamos sensualizando nossos filhos e entregando de bandeja para esses doentes.Obrigando os pequenos a viver uma realidade tão superficial enquanto eles poderiam estar tendo uma percepção mais profunda do mundo.

Uma coisa é uma brincadeira em família, uma criança fantasiando ser adulto. Outra é deixar a criança passar dos limites e já viver desde pequenininha presa em padrões de beleza e toda essas coisas fúteis.

CRIANÇA TEM QUE SER CRIANÇA.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Meu filho vai ter vergonha de mim?

to escondendo minha cara pq tenho vergonha da minha mãe gorda
Não assisto novelas, mas pelo que sei, existe um personagem da novela das sete que sente vergonha mãe porque ela é pobre, blablabla... Já vi também uma comunidade no orkut que se chama "Meu filho terá uma mãe gostosa", mãe falando que vai emagrecer pro filho não sentir vergonha da mãe gorda e por aí vai.

Minha filha, vai chegar uma hora que seu filho vai ter vergonha de você, não adianta! Seja porque te acha pobre, seja porque te acha cafona, porque você é gorda, porque você é velha, porque é aquelas que ainda se acham garotona, enfim, vai ter um momento que você vai envergonhar seu filho, sim.

Aproveite bastante enquanto ele ainda é bebê, que te aceita do jeito que você é e ainda não se prendeu aos padrões da época dele. E não adianta bancar a moderninha que fica mais ridículo ainda, seja apenas você.

Eu já senti muita vergonha da minha mãe na adolescência, ás vezes achava ela "por fora", achava boba, e ela não era, tanto que todas as minhas amigas a achavam legal. Não gostava das roupas dela, da maquiagem, do cabelo. E minhas amigas sempre diziam que ela era bonitona, que se arrumava, e que sentiam vergonha da mãe relaxada delas. Entenderam que de qualquer maneira eles vão sentir vergonha? O que me anima é saber que eu nunca deixei de amá-la, mesmo com todos aqueles defeitos que eu via nela.

Já estou me preparando pra isso, já que eu já saí com as pernas todas rabiscadas de canetinha pelo condomínio, já atendi a porta com roupa rasgada, já passeei pelo shopping com roupa manchada, tudo bem que foi ele mesmo quem manchou, mas ele não tá nem aí. Mas vai chegar o momento em que ele vai achar que sabe mais do que eu e isso é inevitável.

Claro que, depois que nos tornamos pais, temos que nos conscientizar que nos tornamos um exemplo para eles. Se você for mentiroso, seu filho vai achar normal mentir, se você é violento, seu filho tende bastante a ser violento, se uma mãe é promíscua, ela não pode reclamar se a filha for também, e por aí vai. Pode ter certeza que, se você for um bom exemplo, a hora que eles começarem a entender a vida vão sentir um baita orgulho de você, e com o tempo, toda essa ingratidão vai embora.

Mas que eu nunca vi um filho sentir orgulho da mãe quando os amigos falam que ela é gostosa, eu nunca vi, pelo contrário, quem quer ver um amigo comendo a mãe?. Se você quer ser gostosa, seja porque você quer, não precisa usar o filho de muleta.

Nota: Quando digo que sentia vergonha, eu digo que tinha algumas coisas que ela fazia que minha reação era um belo FACEPALM, mas nunca foi vergonha a ponto de esconder das pessoas ou algo assim. Tive muitas amigas que nunca mostravam a família pra ninguém, mas acho que isso já deve ser por questões mais profundas.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Água e Conselho Só se Dá a Quem Pede

Olha como sou doidão! (com 5 meses, quase engatinhando)
Uma coisa que sempre me irritou foi gente metendo a colher na minha vida sem ser chamado. O que já ouvi e ainda ouço de críticas a respeito da maneira que eu educo o Victor... Afff...
Sempre gostei de deixá-lo bem livre, soltinho,no chão mesmo, apenas forrando com um futom ou edredon, assim como na foto acima. Tinha gente que falava que eu largava meu filho assim pra eu poder ficar sossegada usando o notebook. Coitadinho, né? Ia se divertir muito mais se eu deixasse o pobrezinho preso num chiqueirinho (coisa que ele nunca teve, sempre fui contra!) ou amarrado numa cadeirinha, ou até mesmo num carrinho, olhando a paisagem. -NOT.

Depois, vieram boatos de que meu filho era muito comilão, que estava muito gordo, que ia virar um bolo fofo porque toda hora que o menino chorava de fome lá estava eu, colocando as minhas tetas de fora, aonde quer que fosse, e deixava ele lá, mais de uma hora mamando. E ele detonava as duas tetas e depois chorava de fome de novo. Aí eu fazia uns 50 ml de nan e dava pra ele mamar. Se tomasse tudo, eu fazia mais. Dava o tanto que ele quisesse. Olha, o que eu escutei de familiares que meu filho era um saco sem fundo, que comia demais, que tinha que ver isso ai, que tem que estabelecer horário pras mamadas... Aaaaai como me irritava! Que merda de mãe é essa que deixa a pobre criança chorando de fome? Pra que ficar enfiando um monte de regras numa coisinha que nem sabe o que é o mundo?
morram de fofura com as minhas bochechas (também com 5 meses)
Depois, quando ele começou a comer papinha, as mamadas dele dimuníram bem, e pude deixar o nan de lado de uma vez. Só que é meu filho, né? Ele era boca nervosa. Comia mais de um pote de papinha e ainda tomava algum suco de fruta na mamadeira pra ajudar a empurrar. E ainda dava uma mamadinha pra dormir. Fico pensando o que falavam pelas minhas costas! shuahsuahsuha

Outro ponto em que sou crucificada até hoje é por praticar cama familiar. Quando conto que dormimos eu e meu marido numa cama e o Victor numa caminha colada na nossa, as pessoas me olham como se eu fosse louca. Gente, é tão gostoso, faz tão bem pra ele e pra nós! Tentamos uma vez deixar ele dormindo sozinho no quarto dele, mas no fim das contas ele acordou umas 5 vezes e nós íamos de 5 em 5 minutos olhar pra ver se ele estava bem. Não aguentamos e no meio da noite ele voltou a dormir com a gente. 
Soninho gostoso com o papai (não estou aí pq tirei a foto)
Sem contar que é mais prático, já que quando ele acorda pra tomar tetê no meio da noite é só virar, ele mama e eu continuo dormindo! hahahah 
E quanto à vida sexual, não interferiu em nada, porque só dá pra fazer depois que ele dorme mesmo. E não existe só o quarto e a cama pra se fazer essas coisas, nénão?

E por fim, o que mais me irrita hoje em dia: muita gente, inclusive minha mãe e várias pessoas próximas falam que meu filho já tá muito velho pra mamar no peito.

Ai que soninho que dá tomar tetê...

Gente, meu filho tem 1 ano e 9 meses. Todo mundo tá careca de saber que o ideal é amamentar até pelo menos os 2 anos de idade. Para de dar palpite, pô! Vou amamentar até quando ele quiser ou eu puder! Já falei com a pediatra dele e ela liberou amamentar após a cirurgia do estômago. E vou dar tetê até chegar a hora de parar de dar. Meu filho gosta, e eu adoro poder dar esse chamego pra ele. É sadio pra nós dois.
Enfim, parem de criticar porque o filho é meu! Conselho e água (gaugau no dialeto do Victor) só se dá a quem se pede! 

domingo, 10 de julho de 2011

Bullying Familiar


Li sobre isso pela primeira vez num depoimento no blog Cintura Larga, um blog de gordinhas, que eu AMO. (quem quiser ler, o link é esse: http://cinturalarga.blogspot.com/2011/05/depoimento-da-semana-bullying-em-casa.html). Não preciso dizer que me identifiquei demais com a matéria.
Mas isso não é o assunto relacionado a este blog, mas serve para fazer um paralelo, e sobre um assunto bem controverso: Educar seu(s) filho(s).
Gente, a primeira coisa que eu falo pra alguém quando o assunto é esse, é que NUNCA, JAMAIS ofenda o seu filho, por mais fdp que você ache que ele esteja sendo. Sério, é horrível. Você pode ser ofendido pelo seu melhor amigo, por todos à sua volta, mas gente, vindo dos pais é horrível, é péssimo. É um efeito tão negativo que a pessoa carrega pro resto da vida.
Sei que muitas vezes nossos filhos nos deixam à beira da loucura, mas violência, mesmo que "apenas" verbais, são um baita de um trauma.
Confesso que já chamei o Victor de chato, é algo leve, mas mesmo assim eu evito o máximo dizer "Você é isso, você é aquilo". Se for pra falar que é alguma coisa, que seja coisa boa. O que custa falar que seu filho é "decidido e independente" ao invés de dizer que é "teimoso e atrevido". É só pesar as palavras antes de falar, gente.
Até mesmo quando for chamar atenção, mostre que aquilo que ele está fazendo é errado e não sair gritando, estapeando, ofendendo.
Confesso que um dia o Victor me irritou de uma tal maneira que gritei com ele e dei um tapinha.  Gente, o jeito que ele me olhou até hoje me dói o coração. Foi um olhar de espanto, de decepção seguido de um choro horrivelmente sentido. Pedi desculpas e disse que me descontrolei porque ele não me obedecia, em seguida o abracei e beijei, fiz carinho até ele dormir soluçando de tanto que chorou.
Ele ficou mais um tempo fazendo suas traquinagens, mas depois de muuuuuuuita paciência, agora, quando ele tá aprontando, eu falo que não, ele simplesmente para, sai correndo gritando um pouquinho e pronto. Logo já volta e para de fazer o que não devia. Depois de um tempo ele volta a fazer, claro, mas ele é só um bebê, aí eu volto a dizer que não pode e uma hora ele desencana.
Agora imagina se aquele tapa não me doesse a consciência e eu continuasse assim pra qualquer errinho dele. Imagina que estrago que eu não ia estar fazendo nele.
Como já disse antes, amor é a base de tudo. Se seu filho se sente amado e valorizado, ele vai saber encarar a vida muito melhor do que aquele que não encontra apoio aonde mais precisa.

sábado, 9 de julho de 2011

Mãe Baranga

Preciso confessar uma coisa: eu lido superbem com a minha baranguice. Mas agora.
Quando era beeeem criança, eu era uma criança normal, nem gorda, nem magra. Aí, um belo dia, minha mãe me  achou grandinha o suficiente e me apresentou ao maravilhoso mundo da junkie food: doces, salgadinhos, refrigerantes e o esplendoroso chocolate.
Gente, isso tudo é muito bom, pqp! Se vc  me der uma coca-cola de 2 litros (da gorda, claro), eu tomo sozinha ao percorrer do dia. Como uns 10 bombons de uma vez só. Gente, amo muito, viciei!
Aos 7 anos já me chamavam de gorda baleia na escola. Aos 13 anos eu já tinha gastrite. Não era enorme de gorda, mas já era mais cheinha que as outras. Usava manequim 40 (?) e minhas amigas 38 pra baixo.
Fui ao endocrinologista e dá-lhe dieta de morrer de fome. Fiquei magrinha, um pitel. Fui à praia e levava cantada. Mas aí, né, tava magrinha, já tinha chegado aonde queria, as calças 40 tudo caindo, não ia fazer mal comer aquele sorvete enorme e maravilhoso naquele quiosquinho ali e tomar aquela coca que faz uns três meses que to na seca de tomar.
Adivinha.
Mais gorda! Agora já tenho que usar calça 42. Pega nada, ainda tem um monte de gente mexendo comigo na rua, tem um monte de caras afim de mim, to nei ai. E tome coca, e tome chocolate, doritos!!! ainnnn....
Perai, já to com 15 anos, vou começar a sair com minhas amigas, todas magrinhas e eu gorda desse jeito?? -__-''' Não!
Aí vem uma tia boazinha e me traz a dieta da USP e diz que tem um amigo que ficou magérrimo com essa merda. Que? Carne e coca light a vontade? É pra mim! Sequei 10 quilos num mês, voltei a usar as calças 40, to me achando, to gata. Daqui a pouco começo a ter tremedeiras, fraquezas, quase desmaio na escola e ainda por cima meus amigos dizem que eu fico mais bonita gordinha, que magra to muito sem graça. Isso é música aos ouvidos de uma comilona.
Anos se passaram, virei uma baranga master que nem calça 46 servia mais, exibia uma linda barriga de chopp e não tava nem aí pra nada, to gorda mas vc não paga minhas contas.
Resolvi começar a fazer karatê, fui emagrecendo por conta dos exercicios, me animei, controlei um pouco a boca e quando menos percebi, aqueles caras que nem sabiam da minha existência começaram a reparar em mim. Já voltei pras calças 42, mas ainda to gorda, né?
Conheci um rapaz legal, mudei de cidade, larguei os exercícios, comecei a trabalhar e estudar e quando vi já tava usando 46 de novo. Aí, né, a espertona parou de comer. Passava o dia todo só com uma maçã no estômago e o resto do dia dá-lhe trident pra disfarçar o bafo. Incrível como começaram a me presentear com chocolate depois que emagreci mais de 10 quilos num mês. Era pião me cantando pra td que era lado. E eu estava me achando, me cuidando, queria curtir a vida, terminei com namorado, tava solteira, meio mal por estar solteira, mas tava na minha, tinha um monte querendo. Aí, né, descontei minha carência nos chocolates, voltei com o namorado, engordei um pouquinho mas ainda tava bem.
Daí, depois de pilula do dia seguinte por dois fins de semana seguidos, um pé na bunda colossal do namorado que tinha me trocado por uma magrinha, ganhei de brinde um cisto no ovário e uma depressão de brinde que me fez pular pro manequim 48 sem dó nem piedade.
Voltamos, casei, engravidei, e entrei em depressão novamente na gravidez por conta de marido falando que eu tava enorme e que ia voltar pra magrinha, pressão alta, diabetes e tudo o que tinha direito. Jamais pensei em abortar, mas isso fica pra outro post. Pensei em me matar, mas não sabia como morrer e deixar a criança ilesa, por isso aguentei tudo até o fim. Quando fui ter o Victor estava pesando mais de 106 quilos. Depois que tive ele, o maridoparou de frescuras, já saí com 10 quilos a menos da maternidade.
Continuo obesa mega master, mas já me aceito bem do jeito que sou. Tudo bem que eu to naquela fase de não estar nem aí pra nada, mas digo que fez muito bem pra mim me desligar dessa coisa de ter que ser magra pra ser feliz. To bem comigo. Não vou ser hipócrita, estou tentando operar o estômago. Mas não por questão estética (até mesmo porque sei que vou virar um saco de pelanca), mas pela minha saúde, pois tenho problemas ortopédicos que se agravam graças ao meu excesso de peso. Mas se não conseguir, to de boa.
Estou bem do jeito que estou.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Mãe ama mais que o pai?

Estou num momento de rage, mas é um assunto que sempre pensei sobre. Por exemplo: eu moro em São Paulo, em Interlagos, e meu marido trabalha na Berrini, que pra São Paulo, é bem perto. Agora ele comprou uma moto, mas até então ele ia todo dia trabalhar de carro (porque de ônibus é um martírio, 1:30 hr de pé num busão lotado). Saía de casa umas 6:00 da manhã e chegava pra lá das 19:00. Dia desses, por pressão da família dele, ele veio me falar que eu precisava trabalhar fora pra gente poder juntar dinheiro pra comprarmos nossa casa (moramos de aluguel). Perguntei pra ele como ficaria o Victor, já que a escolinha dele funciona das 8:00 as 17:00. Ele respondeu: "-Deixa com a Tata!". A Tata é uma mulher que olha a criançada lá do condomínio quando a coisa aperta, eu já deixei ele com ela uma vez pra faxinar a casa, porque ele é difícil de dormir, ela é boa, mas ás vezes é meio estúpida. Claro, a paciência não é a mesma com filho dos outros. Na hora eu respondi: "-Você acha que eu tenho coragem de fazer isso? Vou deixar uma estranha ser a mãe dele?". Pensei em mil coisas, como, por exemplo, quem vai ficar com ele quando ficar doente? E se ele passar mal e tiver que ir correndo pra escolinha? Minha sogra mora em SP, mas mora na saúde, também é zona sul, mas é bem longe. E outra: ela já cuida da minha sobrinha, filha da filha dela, que, digamos, é a preferida. Aí já viu, né? Sem contar que eles não iam dar conta de cuidar sozinhos dos dois, pq eu já fiquei umas horas fazendo isso e fiquei com a coluna travada uns dois dias. Imagine o dia todo!
Se eu encontrasse um emprego perto de casa em que o horário desse certo pra eu levar e buscar meu lindo na escolinha eu pegava, mas ia ter o problema que, em caso de doença ou qualquer coisa assim eu iria ter que faltar. Aí iam me mandar embora rapidinho.
A questão é: Como um pai consegue ficar o dia inteiro sem ver o filho, voltar pra casa e sentar no sofá ver tv? Ou o fim de semana que tem pra curtir os filhos só querer dormir? Ficar uma semana inteira sem ver o filho e na primeira dificuldade ter preguiça de ir? Gente?
Tudo bem que reconheço que sou meio protetora demais, mas AMOR É ESSENCIAL. Pelos filhos nos sacrificamos e nem sentimos, deixamos de pensar em nós mesmos pra pensar no bem daquela vidinha inocente que colocamos no mundo. Eu por exemplo, sempre fui super consumista, sempre comprava roupa, comprava cremes, comprava maquiagens, perfumes, fazia definitiva... Foi só engravidar que tudo isso acabou. Todo dinheiro que entra, eu primeiro faço as coisas pro Victor e o que sobra eu faço pra mim. Não que isso seja desculpa pra minha baranguice, mas isso fica pra outro post, quando me der coragem... xD
Enfim, fica a pergunta: mãe ama mais que o pai? São amores diferentes?
Lógico que pra toda regra tem exceção, mas na maioria das vezes o pai trabalha fora de boa (claro que alguém tem que sustentar a casa, mas hein?).
Sei lá, parece que ainda tem gente que acha que o papel do pai é colocar dinheiro em casa e a educação e o amor é papel da mãe. Peraí! É papel dos dois! Engraçado que, quando a mulher trabalha fora, mesmo assim não se divide.
Mais do que qualquer brinquedo, qualquer roupa descolada ou coisa do tipo, nossos filhos precisam de AMOR. Sério, esse mundo precisa de mais amor.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Primeiro Post, mimimi...

Bom, aqui vou eu fazer o primeiro post. Bom, vou começar falando da minha experiência como mãe o dia todo.
Sempre fui metida a independente, desde criancinha, sempre quis fazer tudo sozinha, quis sempre andar com as minhas próprias pernas. Quando fiz 14 anos já saí atrás de emprego, mas meu pai não deixava, pois queria que eu apenas estudasse. No último bimestre do terceiro colegial eu arrumei um bico de entregar panfletos na entrada do Carrefour Sorocaba, lembro que tinha uma feira de malhas na época (era 99, sou velha...). Ganhei uma graninha, mas não fiquei uma semana direito pois logo a feira foi cancelada... Enfim, logo depois entrei na faculdade, arrumei um estágio na Receita Federal em 2001 e até me casar, em janeiro de 2009, trabalhei fora, ganhei meu dinheiro, comprei minhas roupas, paguei meus estudos quando pude, me enfiei em dívidas, enfim, levei minha vida. Ao me casar, me mudei pra Mogi das Cruzes, e antes mesmo de me mudar arrumei emprego numa empresa de venda de materiais de construção, no DP. Só que era tudo muito bagunçado, muito irregular e eu não quis segurar aquela batata quente e saí fora. Enquanto procurava outro emprego descobri a gravidez. Decidi esperar o bebê nascer e depois de seis meses eu voltaria a trabalhar. Mas não foi bem assim que aconteceu.
Assim que o meu lindinho Victor veio ao mundo, o instinto materno me tomou de uma certa forma, que me dediquei (e ainda me dedico) completamente a ele. Ele já tem um ano e nove meses, ainda mama no peito e é um menino muito alegre e saudável. Não sei se caso eu o deixasse na creche aos seis meses ele seria assim, tão feliz e saudável, mas sei que, com certeza, eu não seria esta pessoa realizada que sou hoje, pois vejo que fiz o correto e que ele está muito bem com isso.
As vezes me sinto de saco cheio de depender de marido, tenho vontade de exconjurar minha sogra quando ela vem me encher os pacová pra trabalhar, mas eu tambem sei que um dia, quando o Victor estiver maior, terei que voltar a trabalhar pra dar um bom estudo para ele. Mas sei tambem que eu vou saber a hora certa. Assim como tambem soube o que era o melhor pro meu filho quando ele nasceu, tambem vou saber o que é melhor pra ele quando ele estiver maior. Sou mãe o dia todo e "confio no meu taco".